dimanche 25 janvier 2009

Dedadas em dois



Um ar inventado

Onde respiram dolentes

Aves brancas como anjos sem pés.

Deixam dedadas no espelho do quarto.

LM, julho 2008


Dedadas

A palavra nao cindida

em reverso da folha

com uma lagarta roendo

os cantos, domesticando

o fulgor, e ardem-me

os dedos, lambendo o sabor

da sombra.

A cal doi tanto !

Espanto o branco

pela parede.

Inciso o grito.

LM, Julho _08

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