castigo de domingo
Fui dar de beber aos pombos
e tocar ao de leve no cheiro das rosas.
Abri o cetim, rasguei a seda,
percorri com o dedo o sentido do fio, cerrei a boca e ouvi-lhe o grito.
Depois empurrei a mao contra os picos das rosas
e nao senti nada.
Voltei a uma insensibilidade do corpo infantil,
uma perfeita regressao que me deixou perplexa.
Naquela tarde de domingo,
onde vim dar de beber aos pombos,
fui pelos sentidos, encontrei
o cheiro antigo dos bichos enrolados
num poema de fim de tarde.
LM, 3O de julho, 2008
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