mercredi 11 juillet 2007

i n t e r l u d e s





les avions n’ont pas de marche arrière.
la peur est une tue l’amour.
ma robe a des ramages,
le bel oiseau un éclatant plumage.
il ne faut pas nuire à la poésie.
J’ai la couleur imprudente.
l’eau est rugueuse, néanmoins elle coule libre.
Cassandre était-elle voyante ou plutôt sous l’emprise
des vapeurs gazeuses d’une drogue pas douce?
le mythe est en mouvement, je cours derrière lui
et plus vite que la raison, encore heureux.
la passion est ma notion du luxe.
je m’abandonne à la providence.
le tango des dormeurs syncope après la morsure
mon chien est une fashion victim

le reste est silence





Falas da castro, noites





« Lua, lua, lua,
beija de luz, a minha rainha,
num veludo triste de insectos,
dorme, dorme Inez.
Ai, que a noite é longa e a morte sem tréguas,
O nani, ô nani, nani, ô nani,na
Lua, lua, lua, esconde a minha rainha
No seu ninho de pedra.
Dorme, dorme Inez, ô nani,
ô nani, nani,ô nani, na.

Martim:
- Eu nasci triste, feito raro para um bobo,
Mas a minha tristeza diverte-vos.
Este amor movimenta todas as estrelas !
Dêm-me asas, quero levanta-lo do chao,
Leva-lo até ao céu.
Perguntem a Deus quem é o Rei Saudade.
Pedro é o primeiro, o unico a instalar
o frio espantalho da morte sobre o trono.
Tudo à nossa volta reflecte Inez,
cada arvore conhece a graça do seu abandono.
Armadilhada na dobra do seu manto real,
presa à velha renda cerzida,
treme uma borboleta nocturna.
Ah, sinto vibrar as suas asas
sobre o meu pobre coraçao de bobo!
Meu bom rei da-me pao, da-me pao, eu caio !
( cai no chao ).De nos dois, tu és o mais triste,
o mais corcunda,o mais infeliz…Partilha este pao e a minha agonia.
Quebra o teu coraçao de pedra e vem morrer comigo
Ao pé da macieira onde a nossa rainha foi enterrada.
O pomar nos oferece a terra e a sombra,
somos ambos doidos, ja nao durmo,so cavo.
Depois semeio, para te oferecer o fruto seco
que cresceu do chao.
Ah, Pedro, irmao, nao sentes este assopro nocturno
Que nos abala os sentidos?
Gela-se-me o sangue e os meus pés esquivam a pedra humida.
E o beijo da noite que nos surpreende.
Escorregam frios os seus labios sobre a minha mao.
Ai…ai, Inez baloiça entre dois mundos,
Este crime abriga todo o nosso assentimento.
Ela conhece a lenta cobardia do nosso pesar.
Entre os lirios vibram os insectos armadilhados de luz.
Eu sou aquele que te viu abrir o seu caixao,
Este foi um rapto infeliz para a noite eterna,
uma sincope na respiraçao calma de alguns homens,
uma vénia à beira do abismo, tao triste.
Uma valsa endiabrada no inferno de Vulcano.
Escuta o findar do canto dos monges,
Nao ouves correr ao longe o rio Mondego?
Cada um de nos era um espelho reflectindo
a sua propria imagem e nada se deixava fixar.
O ar cheirava a âmbar, a resina e a morte também…
Dorme, dorme minha rainha, sou eu o teu bobo,
o irmao de giba e de gaguez do teu amante.
Estamos tao sos, sinto a tua alma alumiando a minha.
Deixa-me falar contigo, trago-te a sua confissao.
Ele foi o teu lobo e o carrasco que nao se soube perdoar.
Neste teu reino és duas vezes rainha.
Tudo foi bom, tudo foi benzido.
Ah, Coimbra foi a nossa mae, tudo floriu,
os campos, as margens, o povo seguia o teu andor…
A corte lamentava-se, tremendo de medo.
O rio encheu-se de luzes inclinadas para te saudarem.
Eis-te agora tao proxima duma eternidade de pedra.
Chega-me o sono…
Adeus.
Até ao fim do mundo.

LM. Maio 2006

lundi 9 juillet 2007

as coisas têm as suas proprias lagrimas



espero tanto quanto me é permitido

enquanto espero lanço os olhos à deriva
e quem sabe?
o orvalho suspenso nos finos caules,
um beijos humido, matinal.

poderia recomeçar tudo de novo
se uma aurora me surpreendesse
enquanto dura este quase sono.

caminho como se houvesse algo
alimentando-nos os passos
entrando assim no gozo.

passar o amor ao fio da espada, em gestos falecidos.
acaricio os objectos desertados pela mao do homem,
num penultimo pudor antes da picada da abelha.

sem memoria nada se deixa nomear,
sem palavras o objecto perde-se,
tudo se fixa, se anula.
reinventamos os espaços de acolhimento
somos ariscos e duvidamos da duvida

as coisas têm as suas proprias lagrimas,
enquanto que ao anonimato é sempre rebelde.

ouves os cabelos gritarem pela tesoura?
na incerteza das linguas, na plenitude do vazio,
a minha lingua se agrarra ao seu arco-iris.

este é o pais


Este é o pais

A lingua em que as historias nao se deixam contar.

Este é o pais.

Metade pertence ao mar, o resto fluctua.

Ha quem lhe meta as maos por dentro e arranque

raizes victoriosas, sedentas.

Ouvem-se gritos e ainda nos conhecemos

algum patriotismo.

Grande orgulho de um crescimento certo

mas algo tardivo, nos faz caminhar corcundas

e assim enfrentamos o inimigo com desculpas

e cerimonias.

E tudo nosso mas partilhamos tudo mais com eles.

Era uma vez um pais meio encaminhado

para o dito cujo futuro, com a cegueira admiravel

de quem voltou as costas ao mar,

e foi por dentro de uma historia a crescer tao rapida,

que nem tempo houve de se lhe aprender o caminho.

Fluctuamos.

Mais uma vez recomeçamos a contar acumulando

tentativas e nao conseguimos encontrar

o fio do quotidiano falar.

Por aqui ou por ali, hesitaçao e quem nos dera

encomendar a Deus a desconstruçao imediata

do saltitante embroglio que nos enrola a dita cuja.

Quem me dera a mim ter nascido

numa verdadeira ilha e nao ter historia nenhuma

para contar.

So feliz de conhecer o circulo que une os primeiros

passos aos demais e me faz esquecer

as palavras raivosas como patria, mae pobre ou açaime.

Nada mais do que viajar em inuteis circulos

por dentro dos rastros da ultima caminhada.

Ter nome de buzio e mar em tudo o que é perto e longe.

A lingua quebrada de tanto provar o sal.

Nao escrever nunca porque se conta com a pele ao sol

o desenrolar de um dia e depois o cansaço é ja leito

e escuridao segura.Amanhecer.Este é o pais.

Alba e esperançosa manha de todos os dias

a namorar o passado indigesto. Gente boa, diz-se.

Era uma vez e por um por um acenamos a palavra

com dificuldade e numa esquizofrenia traduzida

e ja aclamada como um bem, reconhecemos

que afinal cuspir para o ar ainda se aclama

se a pontaria nao falhar.

Nevoeiro e teatrices ja deram o que tinham a dar.

Com isto nao contei historia nenhuma.

Se calhar esta jangada ja se arrancou definitivamente

à europa e ninguém deu por isso.

Francamente nao sei se me vou sentir a falta.Era uma vez…

vendredi 6 juillet 2007

os ossos do poema


no correctivo do silêncio:
- atençao, um santo pode esconder outro!
deus ausenta-se da vibraçao dos corpos
corruptos pela morte.
as arvores conversam silenciosas com os vivos,
sangram lagrimas raivosas
e florescendo no momento propicio,
as rubras pétalas se rasgam de amor e de cio.
ainda existem bichos e flora que resistam.
andamos à volta com os ossos do poema,
os olhos envoltos em poeira.
- atençao, um santo pode esconder outro!
vamos criar enquanto é dia.

quando o coraçao devora o peito
e ameaça ser boca
gemendo sustento,
quando subejam preces,
escoando pela garganta,
gagueja ausente o teu nome,
visto-me entao de avessos.
ai que tanto amor obriga!

abro o corpo e volto a cara de face
para resolvermos estas maos.

caminho de lobas, filho de pastor.
caminho de lobos, filha de pastor.
amorino!
os olhos envoltos em poeira,
canso a proposta.
amaramente

o mal amàvel.

LM, paris

mercredi 4 juillet 2007

qui est-là?


qui est-là?

Qui est-là ?

Je voyais revenir le bleu du dont je suis celui du dieu qui n’était plus là pour après.
Longtemps sa main n’a pas pu, j’ai attendu et puis enfin il a percé le bâillon du langage.
Un bout de tissu déchiré à l’endroit du mot, tel un couteau, oui, oui, oui, trois fois de trop
ai-je cru entendre dire de chaque côté des coulisses.
Pan, pan, pan, ça frappait.
Au sol le bois résonnait et l’acteur tremblait par les pieds.
Content.
Au théâtre il faut chausser ses pas en bonne entente, car il est dangereux de ne pas savoir
rester debout sur son poids mort.
Si je te revois et je drame ta chute et ta mort tombée sur les planches, ici-bas, est-ce possible ?
Dis, ça peut recommencer, là ?
Où avons nous oublié qui nous voulions devenir?
Sur la route qui se terminait et le cri que nous aurions pu faire pousser au ventre,
il y a eu un doute qui nous a séparés.
« Ah! de l’autre côté il y a certainement quelqu’un «,
a dit- elle dans le conte exemplaire de la femme de l’île au loin,
et depuis je l’ai suivi, criant debout ou inclinée, mais avec.
Lui, la tête tournée vers le fond du puits, lui qui a tenu ma main en croyant aux
changements de lumière et à l’angoisse des choses qui échappent au cadre premier,
ah! lui qui est néanmoins revenu sur ses pas jusqu’à ce bord de ce tout,
au près de cet abîme, voilà c’est fait - il a lâché ma main.
J’ai alors, enfin sauté.

Bonjour.

Pour Valère Novarina,
furieux des mots.
Accueillons le langage,
faisant de nous des êtres nouveaux.

Beckett


Beckett
je suis couchée sur la tombe de Beckett au cimetière du Montparnasse.
En partant j'ai laissé sur le marbre mon miroir de poche tourné vers le ciel et son lent silence bleu.
Samuel, salut.
LM, paris

os titulos

Frases com com titulos

As trevas e o jogo
De barro e de palha
Nua na dobra do lençol
Uma abelha de chumbo
O escravo é um emigrante nu
A concha do peregrino
Exitus e reditus
O labirinto da memoria
Nao esquecer as borboletas
Ninho de cisne, casulo meu
Os filhos do vento
O peso da manha
E preciso nao desesperar da aurora
Ver Deus e corar
A ascençao da alegria
A cavaleira andante
O chao de maças

O tango dos adormecidos

A criança e o medo
Sororidades

Cada noite possede o seu manto

Resistência imovel
A cortina aberta

Retrato de um homem real

O meu cao é uma fashion victim
O canto da terra
Emoçao pregada no vazio do céu
Eu “ artisticulo “ muito e bem
Mario dectective ( especialista em infidelidades )
O télémovel espiao
Obras tipo e chave na mao

A despensa do grilo

O trinca forte
O manto da serra
O braço de prata
O poço do bispo abismado
A noiva do anjo
O castelo do rei do lixo
O cao pasmado
A cova da raita
O pulo da loba

mardi 3 juillet 2007

levar o olhar para o engano

O que é uma ruina emocional?
O aristo, dialogo terno, olhava para a sombra distraido.
A passara-moira batia pela ultima vez as suas asas
abertas, fechadas, abertas.

Mas a quem se dirige a actriz?
Ao mundo, penso eu, a cada um de nos em si, nao?

Dobrada em dois eu espero dentro do quadro.
Antes de o pintar eu posso sonha-lo.

No fundo da mina como em pleno dia, estarmos juntos.


.

celebraçao de ausências e alguns comentarios


Sou suspeita e de anca vencida
IMPUDICA

o medo é também uma pedra FRIA.

repentinamente assalta-me uma vertigem,
esquisso um desamaio, ganho uma promessa.
sei que entretanto se afundou uma gaivota.

roçei-te a face como se fosses um filho meu
ou um irmao criado junto ao seio gémeo
da mesma mae.

Sur la danse


mardi 3 juillet 2007

Sur la danse

Jusqu’à ce jour, j’ai pu creuser le corps.

Cette avancée est une large glissade

au milieu d’un monde qui bouge sous nos pieds.
Ma conscience s’élargit, faisant d’une lointaineconstellation,
la lecture précise et éclairée du temps
Les jours s’épuisent, coulent dans leurs nuits
et tout pèse son poids.
Je continue d’être étonnée, la surprise me gâte encore.
Contre l’immobilité, je déploie les bras
comme un fier arbuste.
Laissez votre regard en éveil.
La danseuse murmure vos prénoms, dans ses poches
deux cailloux se frottent.
Elle vous offre cet instant où la traversée est un abandon,
une petite guerre vient de s’inscrire dans le vide.
De loin, mes doigts bougent, ils s’écartent, impuissants,
et n’inscrivent rien d’autre dans le monde,
que leur furtive maladresse.
Vos yeux effleurent ma peau, elle imprime une mémoire
que l’on sait si périssable.
C’est peut-être cela qui est douloureux,
la conscience à travers le corps,
que tout geste contient son début et sa perte!
Alors, on s’abandonne au silence, complices
Il y a néanmoins des silences qui nous répondent de loin.
L’infini me touche les pieds et me contraint à la danse.
Je ne regarde pas le fil de l’horizon
pour me noyer dans la mer, mais pour devenir ce même fil.
Un si court instant et me voilà replongée dans l’indicible.
Je subis l’effort de la contraction du temps.
Les os se sculptent eux-mêmes de l’intérieur.
Je ne rêve pas, j’écoute.
J’ouvre tous les doigts pour effeuiller la nuit
et l’immensité des peurs.
Je m’endors aussi entre la marge et le fleuve.
Je rêve encore et je vous écoute.
Je suis le pas du dormeur, je ne suis que lui.
Je suis vaincue et à l’abri.
Je suis la cible, le front tendue vers la pierre. Je tremble de ce que je dis.
Aucune résignation n’est possible.
Le silence est ma seule conversation.
Le silence est ma seule sustentation.
Le silence est ma seule chimère.
Rien de ce que j’entends là, n’a pu être voulu.

La voix me plie les doigts, elle est enfant philosophe tout juste
sortie de la soie, vos yeux me pèsent ma nuit est dedans.

lundi 2 juillet 2007

osez-moi







bbbb
OSEZ LE PRODIGE
OSEZ LE RÂVISSEMENT DE LA VALSE
OSEZ LA HOULE ET SON VERTIGE
OSEZ LE GRAND RIRE DU FAVORABLE BONHEUR
OSEZ LE SOURIRE GRAVE
OSEZ–VOUS LE TATOUAGE AU CŒUR
OSEZ LE DOS ROND DU CHAT–CHAGRIN
OSEZ LES LIAISONS DANGEREUSES
OSEZ LE NAVIRE QUI RELÂCHE LE PORT
OSEZ LA TRAGEDIE NOBLE DU REFUS
OSEZ GRIGNER LE LUXE
OSEZ LE DETOURNEMENT D’OBJECTIF
OSEZ LE PIRATAGE OBJECTAL
OSEZ DONNER LE TOURNI AUX OBJETS
OSEZ FAIRE VALSER LE SENS
OSEZ REFLECHIR LE MIROIR
OSEZ FAIRE TRICHER LA LUMIERE
OSEZ LES EFFECTS SPECIEUX
OSEZ LE TROMPE L’ŒIL
OSEZ LA REVELATION
OSEZ BOULEVERSER LE PAYSAGE
OSEZ L’APOCALYPSE A TABLE
OSEZ LE DEJA-VU
OSEZ L’ORIENTALE BRÛLURE DU SOLEIL
OSEZ LA FRAGILITE DES ROSES DES SABLES
OSEZ TREMBLER DEVANT L’OASISOSEZ Y BOIRE
OSEZ LA SOIF DES MARCHEURS
OSEZ SUIVRE L’OMBRE DES DUNES
OSEZ L’ENVOL DE L’ASSISE
OSEZ LE MARIAGE DU DAMACEE ET DE LA SOIE
OSEZ CORRIGER LA TRADITION
OSEZ LE DESIR DE LA CAUSE RAPIDE
OSEZ LE CHARME DES CORRESPONDANCES
OSEZ LA COULEUR PROFONDE DES CONTRASTES
OSEZ LE CORPS AMOUREUX DE LA LUMIERE
OSEZ LA DEPENSE INUTILE
OSEZ LE DESORDRE DE L’AMOUR
OSEZ LA NUIT DU NONS-SENS
OSEZ DEFENDRE L’ARBRE ET DE GOÛTER AUX FRUITS
OSEZ LA FORÊT DES PENSEES
OSEZ L’OMBRE LEGERE DE LA TERRE BLEUE
OSEZ LA VENUS A LA COROLLE DETACHEE
OSEZ LE CORPS VENUSTE
OSEZ ASSEOIR LE HASARD A VOTRE TABLE
OSEZ LE HAIKU AMOUREUX
OSEZ LE PAYSAGE DES SIGNES
OSEZ LA BRÛLURE DE LA PASSION
OSEZ DRESSER LA TABLE DES SYMBOLES
OSEZ LE SILENCE ROUGE D’UNE DORMITION
OSEZ LE FROID REFUGE D’UNE MORT SANS PARTAGE
OSEZ LES LABORIEUX PLIES
OSEZ LE POP-ART
OSEZ LE MOUVEMENT OPTIQUE DU VIRTUEL
OSEZ L’IMMOBILITE DU CHANGEMENT
OSEZ CHASSER LE NATUREL
OSEZ L’ELAN ET L’EXTASE
OSEZ LA PAIX
OSEZ LA BERCEUSE ET LE THRENE
OSEZ LE REPOS DE LA TERRE
OSEZ LA ROSE D’AUTOMNE
OSEZ L’USURE DU FUSAIN NOIR SUR UN VELIN GRAINEUX
OSEZ LA TRANQUILITE DES ARBRES
OSEZ LA SOUFFRANCE COUTUMIERE DES FIEVRES CHRONIQUES
OSEZ LES TRISTES MORSURES DE LA LUMIERE
OSEZ GLISSER DANS LA GAINE DU SILENCE
OSEZ LE HASARD SANS LIMITE DE LA DATE DE PEREMPTION
OSEZ LES HEURES CHAUDES D’UNE PARESSE LARGE
OSEZ ENLACER LES PRIERES DES EPAULES QUI FREMISSENT
OSEZ LES RÊVEURS HABILLES DE SI DE LA
OSEZ LES APPAREMENTS MÛRS
OSEZ USEZ LES CHAUSSURES AUX CORS
OSEZ LÂCHER LES COSTUMES DEFRAICHIS SUR LEURS CEINTRES
OSEZ L’APRES-DEMAIN FAUVE
OSEZ CHEVAUCHER DES INSOMNIES BLANCHES


Osez attendre la suite

desmaio promessa é

Desmaio promessa é

( o desfazer-se)

O mar desmaia no corpo e a estatua
desfaz-se sem ruido.
Distraido no seu liquido sono
o mar vai desfazendo sem ruido
a torre das palavras de sal.
Lambe cada uma delas e subindo devagar
empurra os barcos
para longe e sem destino.
Fica-lhe dentro da espuma

A lembrança de uma duna
( lingua redonda)
anca de mulher deitada à espera de,
de mergulhar nos braços de
uma noite negra
como um cao cego.

Ai, procuro o abandono.
Sem futuro, vou ao fundo, penetrando-me.

Sapatos, livros à deriva, algas azuis nas maos dos naufragos.
Amanha, amanha deus ja nao é cara nas nuvens.
Nuvem é gota de acido no olho do morto !

MY GOD DIEU EST CHIEN.
DESMAIO PROMESSA E.

Lm, paris.

os arenques crescem pela cabeça

Pois isto nao é facil para quem nao sabe ...
o texto dos arenques foi-se...no buraco virtual.
Recomeço.
Se acham que esta noticia dos peixes recuperados
pela igreja vai ser censurada por uma hipotética mao divina....
ah, nao, nao, vamos là, que o meu peixe é fresquinho o freguês!
Entao é assim, o arenque que até é um peixinho inofensivo, fàcil
de pescar, alimenticio,aparece como um motor das evoluçoes
da sociedade europeia.
( Tous ensemble avec les frères harengs!
Tous ensemble, tous ensemble oué, oué, oué!)
Agora vem o melhor, o coitado reproduz-se sem copulaçao,
(???), nao me perguntem porquê, nem como...
ora a igreja que nao deixa passar nada do que se passa abaixo da cintura,
decretou o bicho como a coisa sagradazinha que se come na sexta-feira.
no sabado e no carême.A europa do norte vai dai,começou a consumir
fortunas comerciais e vilas prosperam...e igrejas crescem por aqui e ali.
No fim do século XIII, o arenque calmou a fome de setenta milhoes de estômagos
e cristianizou a europa, dando de comer à alma aussi.
Bom apetite! LM, paris
ps: aonde fui eu arranjar este titulo dos arenques?

os arenques crescem pela cabeça

dimanche 1 juillet 2007


mon chien blanc me suit depuis si longtemps que je dois avouer je me suis prise d'affection pour ses dernières frasques!
Faire une performance avec un collier de perles en verre, bleues!
Tout cela en pleine campagne et au Portugal!
Il a un cv plus long que le mien...c'est lui le danseur
au ventre plat et au port de tête élégant.....
à plus, LM, paris

aqui so no escuro nao estou mais


vou escrever em portugûes ou je traduis de suite,
aquilo da indentité, serà?
nao diz bem comigo, bem-vindos quem vier por bem
como dizia o amigo que trazia outro.
portez des messages jusqu'ici,
elles seront bem-vindas e respostas terao,
je répondrai.
é o meu primeiro dia de blog, nao sei como isto funciona,
je ne sais comment ça marche...mais je vais tenter d'y remédier!
escrevam na lingua vossa é a mais linda e vou segui-la,
se puder.
écrivez comme vous voulez, je vous suivrai, en dansant qui sait?
até jà, lidia
LM, de paris
1 de julho 2007
Libellés : dessin, LM, texte