E bem triste e dolente este meu canto
Que de tanto calar o que sente jà nao sabe mais dizer,
Que dois mais hoje no peito porque ausente
E respirar é dor que te move tao lentamente,
Como se aqui estives adormecido no meu peito para sempre.
A viagem nao finda neste caminhar,
Nesta canseira de te querer guardar,
te protegerd e tudo quanto é pranto e de gozar contigo
Dos infimos prazeres que ainda alcanço,
é esperança minha e segredo também.
Perto dos làbios dançam os teus dedos,
Falenas estonteadas dos beijos que te dei
Pequenas luzes nesta noite onde me visitas,
E a tua sombra desaparece-me entre os braços,
E nada doi
Porque o silêncio é vestido de mulher
Que nada espera
Porque te tem.
LM.
« um adeus parfeito «
ediçoes ulmeiro,
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