mercredi 28 novembre 2007

opoemadoultimodia





OPOEMADOULTIMODIA

Os artistas lançam um desafio aqueles que possuem o mundo,

e os que possuem o mundo indispoem-me.

Surprendo-me de estar aqui convosco, entre o céu e a terra.

Nao existe no mundo um lugar que possa acolher a nossa torpeza.

Tropeçamos nela e caimos no mundo.

Na vida, na dança, sou um passaro que coxeia.

O meu braço é uma asa quebrada que vos acena lentamente.

Inclino-me, queria abraçar-vos deixando-vos livres.

So a palavra poética é libertadora.

Dentro de mim tudo se agita desafiando

a espessa neblina que humedece

e me apareda o peito.Serro os labios que se afinam, como se por uma outra boca,provasse os meus proprios beijos.Desconheço a ligaçao das linguas neste processo.Eu sou insolente, eu nao sou insolente.Prefiro dizer sim, mesmo se o nao me preocupa.Mordo a mao antes dos caes.A cada um de digerir o seu veneno.

Chamo-me lidia martinez e a dança é a minha terra natal.

Este é o ultimo poema do ultimo dia.
Olho o mar e digo :

- Os naufragos nao morrem, dormem
.

lidia martinez, paris 2005.




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