lundi 16 juin 2008

um cheiro a breu antes de anoitecer













De coraçao aberto

Por vezes tudo se esclarece

o corpo ausenta-se,

de maos juntas sinto passar

a palavra redonda que revela

e aquece.

Amiude, engano-me.

Distraida ausento-me lentamente.

Mordido na sua essência,

o coraçao aberto desliza fora do meu peito.

Quebro-me.

Refugio amargo acolhe

o meu sangue.

Devolvo a ferida ao carrasco,

de coraçao aberto.

No altar, face ao icone

a imagem impressiona o tempo

que a consome.

O meu coraçao é o que nao sou eu,

fala pela minha boca,

contém desejos,

nao tem queixumes.

Mergulho a mao na noite,

encontro a vertigem que precede o sono.

Escorrego com a aprobaçao de todos.

Nao me pertenço.

Todos me rodeiam.

Tudo vai acontecer longe daqui.

Nao sei onde me levam e vou.

Todos os apelos sao falsos.

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