A mulher està queda dobrada em dois.
Os braços escorrem longos para o chao.
A saia cai num bico arredondado,
escondendo-lhe os pés.
As pernas nao encaixam no conjunto.
Nada concorda.
Ela continua absorta numa magica leitura do mundo.
O grupo agita-se à sua volta numa « apesanteur «
desajustada, vai daqui ali, fora do corpo.
Perder-se nessa confusa neblina de gestos.
Era antiga e rebelde aos adultos, as suas ordens.
Ia a recuar, num riso rapido e ultrapassava-os.
Deixava o pântano sugar-lhe a força.
Nesse desconhecido e na lama incomoda
ela resolve a sua perdiçao.
LM.
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