samedi 21 juin 2008
um adeus perfeito
é bem timido e dolente este meu canto
que de tanto calar o que sente
jà nao sabe mais dizer
que dois mais hoje no meu peito
porque ausente
e respirar é dor que te move
tao lentamente
como se aqui estivesses adormecido
no meu peito para sempre.
A viagem nao finda neste caminhar,
nesta canseira de te querer guardar,
te proteger e tudo
quanto é pranto e gozar contigo
dos infimos prazeres que ainda alcanço,
é esperança minha e segredo também.
Perto dos meus làbios dançam
os teus dedos, falenas estonteadas
dos beijos que te dei,
pequenas luzes nesta noite onde me visitas,
e a tua sombra desaparece-me entre os braços,
e nada doi, porque o silêlncio é vestido de mulher,
que nada espera porque te tem.
Um adeus perfeito ( segundo livro)
lisboa 1999 ediçoes Ulmeiro
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