Hà noites com arco-iris.
Esperançosas crianças brincando no leito,
mostravamos os dentes, brilhantes,
na sombra de um beijo.
Vasculhavamos longe,
com destras linguas, o desejo
fundo de um céu em avesso.
Guardavamos a mudez,
num espelho continuamente
reverso.
Madrugavamos juntos
com dedos enrolados
folhas, folhas, folhas nos pés
vibrando.
Eramos anjos a secarem ao vento,
entre roupas e lençois.
Morriamos cantando.