dimanche 5 octobre 2008

TEATRO MUNICIPAL DE ALMADA

Av. Professor Egas Moniz
280-503 Almada. Tél: 212739360. Fax: 212739360 _____________________________________________________________________

Plataforma Internacional de Coreografos

Apresenta a cie LIDIA MARTINEZ

Dia 30 Out. / Oct. às 21:30

Sala de Ensaios

( TEATRO MUNICIPAL de Almada )

LIDIA MARTINEZ FRANÇA |FR|

Aparentemente pacífico e contemplativo,

é este movimento que nos leva a criar uma linguagem corporal
de movimento lento, no entanto, ele não exclui a presença
latente da pulsação do caos.
A estética utilizada como um espelho onde se miram os espaços
desertados pelos homens e que o artista tenta de investir cuidadosamente,
pé ante pé.
Uma poética da desolação e da esperança,
utilizando tensões pontuando o espaço de respirações
diferentes, de estâncias onde se libertam pedaços de historias,
alguns segredos.
Recordação evocatoria da solidão de personagens simples,
humildes, habitando uma Natureza vasta.

LM, O8.


A proposito de:

« Sentir os espaços desertados pelo homem "

« Esta peça é uma tentativa e de criar elos de proximidade
entre o corpo do bailarino e o publico.
Convida-lo a participar com o seu proprio corpo e presença.
Oito pessoas vao experimentar fazer parte integrante
do espectaculo.

Uma sensaçao diferente do movimento, da dança escapando
à arquitectura do corpo de cada bailarino, revelando a sua interioridade.

Essa lingua integrada e executada surpreende pela sua proximidade.
Desse encontro pudera nascer uma outra consciência do que se passa
do « outro lado ».
Visitar os espaços da realidade do sonho, o caminho escuro que percorre
Alice até ficar tao pequena que a inversao da escala lhe abre outros horizontes
e a sua visao do mundo é outra.

A infância nunca està longe neste combate entre « l’ange et la bête »,.

A marioneta com o seu corpo ligeiro e suspenso leva a mao do actor a visitar esses espaços, o vento desiquilibra ambos e o canto do cisne negro fà-lo desaparecer na nossa propria noite.

O amor se conjuga com a cumplicidade no jogo dos corpos que dançam e se abandonam.

O ultimo grito vem no meio da trovoada num fado que nao abdica da solidao e do grito.
Caiem no chao os bailarinos e parecem insectos,
borboletas com espasmos ainda a reclamarem a luz onde se queimam as asas.
Os nossos olhos seguem essa queimadura e acreditam em balsamos.

Enquanto o
Espaço da cena estiver aberto a estes espasmos e riscos de queimaduras,
a nossa consciência do mundo pudera movimentar-se numa partilha universal. »

Lidia Martinez

Paris, 5 de Outubro 2008

Coreografia e interpretação / Isabelle Dufau, Lidia Martinez, Clermont Pithan.

Sonoplastia / sound design: Emanuele Balzani, LM,Thierry Jousse

Desenho de luz / light design: Clermont Pithan

Figurinos / mascars, marioneta: Lidia Martinez

Fotografia,/ Photography: Patricia Godal

Duraçao: 20’


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