Desalojar-te.
O que nao sai da parte de tràs do peito.
Arrancar o pé.
Nao ter medo de correr junto a ti.
Olhar o rio e nao ver o mundo que o envolve.
Estar absorta no piscar de olhos.
Passar ao lado de proposito.
Ver, ver, ver!
Fechar a boca.
Alargar o sorriso, despedaçar as lagrimas.
forma de peixe, olho morto…
escamas alteradas e tumores em vez de guelras.
Sinto um cansaço naquele bicho imaginario,
uma quimera seca com a boca preta e o rabo cortado.
« - Que estranho ! disse, e lanço o pau às cegas.
Sentado de costas para o publico,
o anjo remenda o coraçao, cruza nos fios de la,
os caminhos pobres da redençao.
Equilibrado numa so asa,
ele dança no eixo vertical da memoria
e avança até nos, coxeando.
Cai três vezes, pois o seu coraçao é pesado
e o sossego furtivo.
Chega a mulher.
Ela deita-se no espaço de abandono e tédio
que ponctua a nossa ausência.
Escorrega na crueldade e a sua ultima seduçao
abre-lhe as pernas, separando-as.
Na varanda aparece a virgem, a boneca, o icône,
signo e simbolo de esperançosas superstiçoes.
Ela oferece-nos a sua protecçao.
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