diario de uma bordadora de intimidades
as tuas maos podem tudoguardo a garganta cheia de sol
escoando luz, libertando ais e suspiros longos.
a falta que tu me fazes é sem limites, um dia dir-te-ei isto.
palavras para chegar ao silêncio.
do meio da vergonha, da unidade, guardo a sensibilidade
na boca, là no fundo, comichao.
lingua que vai tocar no concavo, engolir seco.
agitaçao da cauda do peixe, um golpe de remo e chuva miudinha
a molhar tolos.Ficamos calmos separados pelos oceanos.
uma escrita seca, ossea.
uma lama incomoda.
eis aqui!
comida pelas arvores, a luz pesada do meio da tarde.
é so o dia de hoje, que bom tê-lo.
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