" Nao sei se vou gostar viver numa eternidade fora da pedra.
Desprotegida andei eu quando te amava.
Se calhar prefiro esconder-me em caixas, ser perfume de rosas
e um lenço de linho com o teu nome bordado.
Assim uma coisa que se pode perder no bolso do casaco.
Deixa-me percorrer cega a brancura da luz que enxergo.
Ser so ela e mais nada.
E essa a libertaçao a que anseio,
jà que tanta escuridao me fechou a cara.
Mandas-te escrever na pedra:
Até ao fim do mundo, pronto agora jà là chegamos.
A partir de agora vou por ai cumprimentar
o renascimento da obra divina."
Inezde Castro, carta a Pedro, Paris, 2005
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