mardi 25 août 2009

Fui ler









Para o eduardo prado coelho, amigo

Fui ler

como num desenrolar de uma queda na escada

da qual tu serias o unico arquitecto,

numa viagem no tunel dos /songes/

desarticulando a noite,
deixei à porta, jà longe, as maos frias e vou
a cair para cima sem capa nem verbo,
suspirando como um peixe alado,
de borco e no jornal do dia,
escamada até ao âmago,

de coraçao aberto ao teu.

vou usando das tuas ofrendas,
comendo àvida a massa apalavrada
ao sentimento.

era, fui e aconteceu, presentindo
fiquei quietinha no escuro escutando,
surgindo, o redobrado sino
na capela dos moribundos.

o teu cantar de cisne e negro,
singido ao teu coraçao…
à la vrille spéciale du poème en chant
mais où étais-tu avant d'être parmi nous?

merci de l'infini

mais amparada fico
nestas esquinas do poema,
lampiao em punho,

pura luz, grande.

LM, O8

Aucun commentaire: