![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXCu01QrikT_iewARaWqvPB6KucmBqgIUCMCW4Y5c09F9wYmw65EjHpRG0oN1EXq2LZqhrM0Af8bOMJ_SQFOr7WAZvibNcxNSeHm33MmFKNDNzcmH1adM8Jc89IOxfbzxPGmlZRH7vXRI/s320/redcocteau.jpg)
clemente, o simples
Clemente saiu de casa como um anjo menor,
sem lenço.
Cantava desafinado mas feliz.
Depois era com grande sede e alivio,
que bebia sôgrego,
o espirro de agua, da fonte do jardim.
Limpava os beiços com a manga e empoleirava-se
nas grelhas velhas do coreto.
Contava até trinta e deixava-se cair, exausto.
Esfregava as calças poidas destes usos e andanças.
Era tacanho e estagnado, diziam-no simples.
Todos aqueles que lhe estendiam a mao,
eram como familia.
Empoeirado, sacudia-se, ondulava as costas
como um bicho menor.
Dizia-se entao que isso era sinal de chuva.
Lm, dezembro 07.
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire