TEATRO MUNICIPAL DE ALMADA
Av. Professor Egas Moniz
280-503 Almada. Tél: 212739360. Fax: 212739360 _____________________________________________________________________
Plataforma Internacional de Coreografos
Apresenta a cie LIDIA MARTINEZ
Dia 30 Out. / Oct. às 21:30
Sala de Ensaios
( TEATRO MUNICIPAL de Almada )
LIDIA MARTINEZ FRANÇA |FR|
Aparentemente pacífico e contemplativo,
é este movimento que nos leva a criar uma linguagem corporal
de movimento lento, no entanto, ele não exclui a presença
latente da pulsação do caos.
A estética utilizada como um espelho onde se miram os espaços
desertados pelos homens e que o artista tenta de investir cuidadosamente,
pé ante pé.
Uma poética da desolação e da esperança,
utilizando tensões pontuando o espaço de respirações
diferentes, de estâncias onde se libertam pedaços de historias,
alguns segredos.
Recordação evocatoria da solidão de personagens simples,
humildes, habitando uma Natureza vasta.
LM, O8.
A proposito de:
« Sentir os espaços desertados pelo homem "
entre o corpo do bailarino e o publico.
Convida-lo a participar com o seu proprio corpo e presença.
Oito pessoas vao experimentar fazer parte integrante
do espectaculo.
Uma sensaçao diferente do movimento, da dança escapando
à arquitectura do corpo de cada bailarino, revelando a sua interioridade.
Essa lingua integrada e executada surpreende pela sua proximidade.
Desse encontro pudera nascer uma outra consciência do que se passa
do « outro lado ».
Visitar os espaços da realidade do sonho, o caminho escuro que percorre
Alice até ficar tao pequena que a inversao da escala lhe abre outros horizontes
e a sua visao do mundo é outra.
A infância nunca està longe neste combate entre « l’ange et la bête »,.
A marioneta com o seu corpo ligeiro e suspenso leva a mao do actor a visitar esses espaços, o vento desiquilibra ambos e o canto do cisne negro fà-lo desaparecer na nossa propria noite.
O amor se conjuga com a cumplicidade no jogo dos corpos que dançam e se abandonam.
O ultimo grito vem no meio da trovoada num fado que nao abdica da solidao e do grito.
Caiem no chao os bailarinos e parecem insectos,
borboletas com espasmos ainda a reclamarem a luz onde se queimam as asas.
Os nossos olhos seguem essa queimadura e acreditam em balsamos.
Enquanto o Espaço da cena estiver aberto a estes espasmos e riscos de queimaduras,
a nossa consciência do mundo pudera movimentar-se numa partilha universal. »
Lidia Martinez
Paris, 5 de Outubro 2008
Coreografia e interpretação / Isabelle Dufau, Lidia Martinez, Clermont Pithan.
Sonoplastia / sound design: Emanuele Balzani, LM,Thierry Jousse
Desenho de luz / light design: Clermont Pithan
Figurinos / mascars, marioneta: Lidia Martinez
Fotografia,/ Photography: Patricia Godal
Duraçao: 20’
.
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