samedi 18 octobre 2008

AMIGAS, AMIGOS__________________________________

dançamos no:

Auditório Municipal Fernando Lopes Graça

Pç. de S. João Baptista - Fórum Municipal Romeu Correia
2800-199 ALMADA
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Plataforma Internacional de Coreografos

Apresenta a cie LIDIA MARTINEZ

Dia 30 Out. / Oct. às 21:30

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LIDIA MARTINEZ
FRANÇA |FR|

Sentir os espaços desertados pelo homem

( criaçao para a Plataforma)

Coreografia e interpretação / Isabelle Dufau, Lidia Martinez, Clermont Pithan.

Música / music: Madalena Graça, Juliette Greco, Giya kancheli, Pierre Henry,

Mendelssohn, Amalia Rodrigues, Takemitsou.

Sonoplastia / sound design: Emanuele Balzani, LM,Thierry Jousse

Desenho de luz / light design: Clermont Pithan

Figurinos / mascars, marioneta: Lidia Martinez

Fotografia,/ Photography: Patricia Godal

Duraçao: 20’


Aparentemente pacífico e contemplativo, é este movimento que nos leva a criar uma linguagem corporal de movimento lento, no entanto, ele não exclui a presença latente da pulsação do caos. A estética utilizada como um espelho onde se miram os espaços desertados pelos homens e que o artista tenta de investir cuidadosamente, pé ante pé.

Uma poética da desolação e da esperança, utilizando tensões pontuando o espaço de respirações diferentes, de estâncias onde se libertam pedaços de historias, alguns segredos.

Recordação evocatoria da solidão de personagens simples, humildes, habitando uma Natureza vasta.

LM, O8.


A proposito de:

« Sentir os espaços desertados pelo homem "

« Esta peça é uma tentativa e de criar elos de proximidade

entre o corpo do bailarino e o publico.

Convida-lo a participar com o seu proprio corpo e presença.

Oito pessoas vao experimentar fazer parte integrante

do espectaculo.

Uma sensaçao diferente do movimento, da dança escapando

à arquitectura do corpo de cada bailarino, revelando a sua interioridade.

Essa lingua integrada e executada surpreende pela sua proximidade.

Desse encontro pudera nascer uma outra consciência

do que se passa do « outro lado ».

Visitar os espaços da realidade do sonho,

o caminho escuro que percorre Alice até ficar tao pequena

que a inversao da escala

lhe abre outros horizontes e a sua visao do mundo é outra.
A infância nunca està longe neste combate entre « l’ange et la bête »,.
A marioneta com o seu corpo ligeiro e suspenso leva a mao do actor
a visitar esses
espaços, o vento desiquilibra ambos e o canto do cisne negro
fà-lo desaparecer na nossa propria noite.

O amor se conjuga com a cumplicidade no jogo dos corpos que dançam e se abandonam.

O ultimo grito vem no meio da trovoada num fado que nao abdica da solidao e do grito.
Caiem no chao os bailarinos e parecem insectos, borboletas com espasmos

ainda a reclamarem a luz onde se queimam as asas.
Os nossos olhos seguem essa queimadura e acreditam em balsamos.

Enquanto o Espaço da cena estiver aberto a estes espasmos

e riscos de queimaduras, a nossa consciência do mundo pudera

movimentar-se numa partilha universal. »

Lidia Martinez

Paris, 5 de Outubro 2008

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