AMIGAS, AMIGOS__________________________________
dançamos no:
Auditório Municipal Fernando Lopes Graça
Pç. de S. João Baptista - Fórum Municipal Romeu Correia
2800-199 ALMADA
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Plataforma Internacional de Coreografos
Apresenta a cie LIDIA MARTINEZ
Dia 30 Out. / Oct. às 21:30
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LIDIA MARTINEZ FRANÇA |FR|
Sentir os espaços desertados pelo homem
( criaçao para a Plataforma)
Coreografia e interpretação / Isabelle Dufau, Lidia Martinez, Clermont Pithan.
Música / music: Madalena Graça, Juliette Greco, Giya kancheli, Pierre Henry,
Mendelssohn, Amalia Rodrigues, Takemitsou.
Sonoplastia / sound design: Emanuele Balzani, LM,Thierry Jousse
Desenho de luz / light design: Clermont Pithan
Figurinos / mascars, marioneta: Lidia Martinez
Fotografia,/ Photography: Patricia Godal
Duraçao: 20’
Aparentemente pacífico e contemplativo, é este movimento que nos leva a criar uma linguagem corporal de movimento lento, no entanto, ele não exclui a presença latente da pulsação do caos. A estética utilizada como um espelho onde se miram os espaços desertados pelos homens e que o artista tenta de investir cuidadosamente, pé ante pé.
Uma poética da desolação e da esperança, utilizando tensões pontuando o espaço de respirações diferentes, de estâncias onde se libertam pedaços de historias, alguns segredos.
Recordação evocatoria da solidão de personagens simples, humildes, habitando uma Natureza vasta.
LM, O8.
A proposito de:
« Sentir os espaços desertados pelo homem "
« Esta peça é uma tentativa e de criar elos de proximidade
entre o corpo do bailarino e o publico.
Convida-lo a participar com o seu proprio corpo e presença.
Oito pessoas vao experimentar fazer parte integrante
do espectaculo.
Uma sensaçao diferente do movimento, da dança escapando
à arquitectura do corpo de cada bailarino, revelando a sua interioridade.
Essa lingua integrada e executada surpreende pela sua proximidade.
Desse encontro pudera nascer uma outra consciência
do que se passa do « outro lado ».
Visitar os espaços da realidade do sonho,
o caminho escuro que percorre Alice até ficar tao pequena
que a inversao da escala
lhe abre outros horizontes e a sua visao do mundo é outra.
A infância nunca està longe neste combate entre « l’ange et la bête »,.
A marioneta com o seu corpo ligeiro e suspenso leva a mao do actor
a visitar esses espaços, o vento desiquilibra ambos e o canto do cisne negro
fà-lo desaparecer na nossa propria noite.
O amor se conjuga com a cumplicidade no jogo dos corpos que dançam e se abandonam.
O ultimo grito vem no meio da trovoada num fado que nao abdica da solidao e do grito.
Caiem no chao os bailarinos e parecem insectos, borboletas com espasmos
ainda a reclamarem a luz onde se queimam as asas.
Os nossos olhos seguem essa queimadura e acreditam em balsamos.
Enquanto o Espaço da cena estiver aberto a estes espasmos
e riscos de queimaduras, a nossa consciência do mundo pudera
movimentar-se numa partilha universal. »
Lidia Martinez
Paris, 5 de Outubro 2008
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