samedi 4 avril 2009
no postigo da janela das bruxas
a acàcia pende dura e desfalecida a
bruxear o azul da noite.
vou soluçar virada para a lua,
apagar os dias,
riscà-los ou sarar a ferida dos vivos
cozendo mézinhas de macela e tomilho,
sorvendo tudo em golos sôfregos.
vês a acàcia endurecida
pesando a minha nuca?
estalo a lingua na cançao da montanha,
sigo as notas de rodapé,
esqueço fugazmente o que me vai moendo.
leio nos olhos fechados das bruxas,
no postigo da janela baixa,
que nas almas dos que procuram a luz,
se encontram a mao e luva, a pele o po,
e num silêncio de vozes antigas
o nosso passado comum.
LM, abril, 2009
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