Bem de dia ou de noite
Bem de dia ou de noite,
pedia que me dissesses bem de nos,
e que o amor transbordasse no dobrar
dos lençois.
E que mais filhos viessem dessa dor
e com alguns risos, para bem da vida
que nos dava tanto.
E o homem que eras, acolheu nos braços
essa soledade de menino antigo.
Nessas noites ou meios dias
corriamos as persianas com o dia a empurrar
o amor para a cama.
E esse bem recolhido e aconchegado,
alargado, dizia que milagroso era
pedir esse bem, que mais nao fosse
nao te espantes agora, filho de alguém
que là longe, no seu canto distante,
repete baixinho o teu nome,
o da infância, amando-te tal qual um menino.
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire