Ateado, o desesperante
aveludava a língua
e o beiço devorando
amoras quase azuis
de doce e tinta,
os dedos em farrapos
nao sentiam o rasgão
no espinho.
Era todo um edredão
violeta de sangue.
E ele, em lume
ardia disforme
numa entropia
oferecida aos deuses.
17 de julho 08
lisboa
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